Thursday, October 12, 2006

Lançamento no Rio foi um festão

O lançamento do romance Faz que não vê acontenceu na noite de 27 de setembro (Dia de Cosme e Damião), no Espaço Constituição, um centro cultural instalado num bonito casarão restaurado, no coração do Rio de Janeiro. Mais carioca impossível. Foi um festão com muitos amigos, que começou com um talk show com o autor, Altamir Tojal, conduzido pela jornalista e escritora Sheila Kaplan.

Depois rolou a sessão de autógrafos ao som do sax de Rodolfo Novaes e do piano de Alberto Chimelli. Ótima música, incluindo temas da "trilha sonora" das aventuras do romance. O escritor Antônio Torres, guru literário do autor, e Cristina Oldemburg, diretora do Instituto Oldemburg, e cerca de 300 convidados prestigiaram o evento e curtiram o show musical.

A festa de lançamento de Faz que não vê marcou o início do projeto Talento Literário, que passa a promover a apresentação de obras de autores estreantes, uma vez por mês, sempre na última quarta-feira, no Espaço Constituição. O projeto Talento Literário e o Espaço Constituição são iniciativas do Instituto Oldemburg e têm o patrocínio cultural da Chocolates Garoto.

O talk show rendeu uma hora de conversa sobre o livro, o autor, literatura e também sobre política, que é o pano de fundo do romance e é o tema da hora, com o embate dramático das eleições, desta vez potencializado pela crise que contagia toda a sociedade. Além das questões de Sheila Kaplan, o autor respondeu a perguntas da platéia.

Tojal disse que pretendeu fazer, desde o início, uma história com ação e suspense, contada com muito ritmo. Optou por uma narrativa com diferentes vozes, bastante fragmentada, como um zapping ininterrupto. Esta solução formal foi adotata para conduzir o leitor através da temática central do livro, os caminhos e conflitos de um grupo de remanescentes da resistência à ditadura militar no Brasil.

O desafio, portanto, era fazer um tema reflexivo ser acompanhado com interesse e emoção no corpo da obra de ficção. O que empurrou - de forma irrefreável - o autor a escrever este romance foi exatamente refletir sobre os destinos de pessoas que quiseram tanto fazer o mundo melhor, ao ponto de oferecerem as próprias vidas, e que tiveram e têm de se confrontar com uma realidade diferente e com a crítica e autocrítica dos seus próprios sonhos.

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