Saturday, October 28, 2006

Convite aos amigos de São Paulo

O lançamento do livro Faz que não vê em São Paulo será no dia 8 de novembro, quarta-feira, a partir das 18h30, na Loja de Artes da Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073 – Conjunto Nacional). O romance de estréia de Altamir Tojal é um thriller político que tem como pano de fundo o universo sedutor do poder.

O livro conta a história de um executivo, Delano, que simula o próprio seqüestro para fugir de ameaça de morte. Ele recebe a missão de abrir caminho para um investimento milionário na decadente Zona Portuária do Rio de Janeiro, mas acaba preso numa teia de interesses na região, envolvendo empresários, políticos, sindicatos e organizações criminosas.

Na fuga, Delano abandona a vida opulenta no Rio de Janeiro e se esconde em Ponta da Esmeralda, uma vila isolada no litoral do Nordeste. A história se desenrola no ambiente de niilismo e frustração política no início dos anos 90. Enredado no vale-tudo do mercado, o protagonista – antigo militante da esquerda armada – vive a nova aventura em meio às mudanças no país assolado pelo ceticismo.

No auto-exílio, ou "sabático clandestino", como prefere chamar, Delano escreve um livro que mistura memória e imaginação. São relatos dos episódios que motivaram a fuga e, também o que supõe estar ocorrendo com os principais personagens da história: um empresário, criminosos, gente da política, sua família e a ex-amante, Cecília, que teima em achá-lo por conta própria.

Faz que não vê, de Altamir Tojal
Texto de orelha: Antônio Torres
200 páginas – R$ 29,00
Editora Garamond / www.garamond.com.br Tel: 21 2504-9211
Informações / Imprensa:
(Bety Serpa) mundipress@mundipress.com.br Tel: 21 9944-8908 / 21 2539-8786
Lançamento em São Paulo: 8 de novembro de 2006, quarta-feira, a partir das 18h30
Livraria Cultura – Loja de Artes – Conjunto Nacional
Av. Paulista, 2073 – Tel: 11 3170-4033

Thursday, October 12, 2006

Lançamento no Rio foi um festão

O lançamento do romance Faz que não vê acontenceu na noite de 27 de setembro (Dia de Cosme e Damião), no Espaço Constituição, um centro cultural instalado num bonito casarão restaurado, no coração do Rio de Janeiro. Mais carioca impossível. Foi um festão com muitos amigos, que começou com um talk show com o autor, Altamir Tojal, conduzido pela jornalista e escritora Sheila Kaplan.

Depois rolou a sessão de autógrafos ao som do sax de Rodolfo Novaes e do piano de Alberto Chimelli. Ótima música, incluindo temas da "trilha sonora" das aventuras do romance. O escritor Antônio Torres, guru literário do autor, e Cristina Oldemburg, diretora do Instituto Oldemburg, e cerca de 300 convidados prestigiaram o evento e curtiram o show musical.

A festa de lançamento de Faz que não vê marcou o início do projeto Talento Literário, que passa a promover a apresentação de obras de autores estreantes, uma vez por mês, sempre na última quarta-feira, no Espaço Constituição. O projeto Talento Literário e o Espaço Constituição são iniciativas do Instituto Oldemburg e têm o patrocínio cultural da Chocolates Garoto.

O talk show rendeu uma hora de conversa sobre o livro, o autor, literatura e também sobre política, que é o pano de fundo do romance e é o tema da hora, com o embate dramático das eleições, desta vez potencializado pela crise que contagia toda a sociedade. Além das questões de Sheila Kaplan, o autor respondeu a perguntas da platéia.

Tojal disse que pretendeu fazer, desde o início, uma história com ação e suspense, contada com muito ritmo. Optou por uma narrativa com diferentes vozes, bastante fragmentada, como um zapping ininterrupto. Esta solução formal foi adotata para conduzir o leitor através da temática central do livro, os caminhos e conflitos de um grupo de remanescentes da resistência à ditadura militar no Brasil.

O desafio, portanto, era fazer um tema reflexivo ser acompanhado com interesse e emoção no corpo da obra de ficção. O que empurrou - de forma irrefreável - o autor a escrever este romance foi exatamente refletir sobre os destinos de pessoas que quiseram tanto fazer o mundo melhor, ao ponto de oferecerem as próprias vidas, e que tiveram e têm de se confrontar com uma realidade diferente e com a crítica e autocrítica dos seus próprios sonhos.